terça-feira, 1 de outubro de 2013

Parceria entre MinC e Sebrae

O Ministério da Cultura (MinC) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) assinaram nesta terça-feira (24) um Acordo de Cooperação para a realização de ações conjuntas  visando estimular o desenvolvimento de pequenos empreendimentos culturais e criativos.

A cooperação é fundamentada em três áreas de atuação: 

Gestão do Conhecimento para o Fortalecimento dos Segmentos e Territórios de Atuação da Economia Criativa; 

Formação em Gestão Empresarial e Qualificação Técnica de Profissionais e Empreendedores Criativos; e 

 Promoção e Difusão de Empreendimentos e Negócios Criativos.

Segundo ministra da Cultura, Marta Suplicy, o acordo é um fato "histórico" que dará mais capacidade de administração e planejamento a setores que têm pouca familiaridade com ferramentas de gestão. "O Sebrae é o centro da expertise em gestão de negócios no País, e os criativos funcionam com outra cabeça. São pessoas extremamente capazes, inovadoras, que muitas vezes investem  tempo e recursos em um negócio que fecha as portas em seguida ou  nem abre", disse. 

Outro ganho destacado pela ministra é a possibilidade de inserção desses profissionais no mercado formal, proporcionando mais estabilidade além da gerar renda.

"Brasil é um país com alta informalidade, mas é um país em que as pessoas querem se formalizar, querem ganhar dinheiro e viver do que elas produzem", explicou.

Na mesma linha, o presidente do Sebrae, Luiz Barretto, lembrou que a Economia Criativa é fundamental para o desenvolvimento e significa "geração de emprego e renda" para o Brasil. "Nós vamos entrar com a parte da gestão empresarial para que o produtor cultural se veja como um empresário e desenvolva seu negócio", disse.

Novas alternativas de crescimento para os empreendimentos culturais 
O Secretário da Economia Criativa do MinC, Marcos André Carvalho, afirmou que o acordo é uma parceria "inédita", vai fortalecer territórios criativos e atacar um dos "gargalos" do setor. "A falta de qualificação técnica estrangula o potencial de crescimento dos empreendimentos da economia criativa", afirmou.

Outro dado ressaltado pelo secretário é o fato de o acordo contribuir para o produtor cultural manter sua atividade sem depender unicamente de políticas de subsídio público. "Há no cenário atual da produção cultural brasileira uma visão restrita baseada somente no fomento via leis de incentivo e na política de editais. 

O que a parceria da Sec e do Sebrae vai  introduzir é um pensamento de sustentabilidade mais amplo com planejamento estratégico de médio e longo prazos e com uma diversidade maior de fontes de fomento. A falta de qualificação em gestão gera  descontinuidade e enfraquece os empreendimentos culturais", disse.

Territórios criativos
Entre outros benefícios, as ações previstas pelo acordo incluem o mapeamento dos territórios criativos, com o levantamento e o cruzamento de informações da cadeia produtiva dos empreendimentos culturais e criativos para avaliar suas vocações e principais demandas.

Os territórios criativos, também chamados de Arranjos Produtivos Locais (APLs) Intensivos em cultura, podem ser formados por bairros, cidades ou regiões que demonstrem vocação para um conjunto específico de empreendimentos culturais e criativos.

Serão realizadas, nessas localidades, atividades voltadas à formação e capacitação em gestão empresarial e à qualificação técnica de artistas, profissionais e empreendedores criativos.

Outro foco do acordo é garantir para pequenos empreendedores criativos acesso ao mercado. Para isso, será criada uma plataforma virtual que funcionará como uma espécie de bolsa de negócio em que os empreendedores criativos poderão conhecer uns aos outros, trocar experiência e comercializar seus produtos.

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), os setores da Economia Criativa respondem hoje por 8,54% dos empregos formais no País, com uma renda salarial de R$2.293,64. Essa média é 44% superior à média de remuneração nos demais setores da economia.

(texto: Marcelo Leal, Comunicação SEC)

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