terça-feira, 30 de junho de 2015

30 de junho. Dia Nacional do Bumba meu boi.

Boi-bumbá, bumba meu boi, boi de mamão, bumba de reis, boizinho -  e a lista continua. São mais de 10 nomes que indicam o mesmo personagem do espetáculo que reúne dança, música e teatro em festas de Norte a Sul do País.
 
Neste dia 30 de junho, quando se comemora o dia de São Marçal, tido como padroeiro dos bombeiros, as festas juninas e as ruas das cidades são tomadas, em especial no Nordeste do Brasil, pelas apresentações do boi, composta por elementos das culturas africana, europeia e indígena.
 
Mesmo com suas variações regionais, a encenação do boi conta a história da escrava Catarina (ou Catirina), que está grávida e com desejo de comer língua de boi. Ela pede ao marido Pai Francisco para matar o boi mais bonito da fazenda. Chico mata o boi, mas tem de ressuscitá-lo para evitar a punição do fazendeiro, dono do boi. O processo de trazer o boi à vida conta com a ajuda de personagens que variam de médico, passando por padre e pajé, ou todos eles juntos. 
 
A importância da manifestação cultura levou o governo federal a instituir, por meio de lei (12.103 de 2009), o Dia Nacional do Bumba Meu Boi, comemorado em 30 de junho. 

Cerca de dois anos depois, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entidade vinculada ao Ministério da Cultura, deu o título de "Patrimônio Cultural do Brasil" à atividades promovidas pelo o Complexo Cultural do Bumba meu boi do Maranhão. 
 
De acordo com Iphan, a manifestação popular maranhense congrega diversos bens culturais associados, divididos entre plano expressivo, composto pelas performances dramáticas, musicais e coreográficas, e o plano material, composto pelos artesanatos, como os bordados do boi, confecção de instrumentos musicais artesanais, entre outros. 
 
Com o recebimento do título, que tem validade de 10 anos, o Departamento de Patrimônio Imaterial do Iphan sugeriu algumas medidas de salvaguarda como o incentivo à documentação, conhecimento e divulgação; fortalecimento e apoio à sustentabilidade dos grupos; e valorização das expressões tradicionais do Bumba meu boi. 
 
A brincadeira está disseminada pelo País e o número de participantes de cada grupo é variável. Apenas no Maranhão, segundo dados do Iphan, levantados em 2010/2011, existem cerca de 450 grupos de bumba meu boi em 70 dos 217 municípios maranhenses.
 
Assessoria de Comunicação do Ministério da Cultura.

 

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Museu da Abolição apresenta artefatos culturais de inspiração africana

Foto - Exposição fica em cartaz até 1º de agosto no MAB.
Ocupando as salas do pavimento térreo do Museu da Abolição (MAB), que integra a rede do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) no Recife (PE), será aberta nesta quinta-feira (11), às 19h, a exposição temporária Culturas africanas – arte, mitos e tradições.
A mostra, que fica em cartaz até 1º de agosto, pretende enfatizar o variado e rico repertório de máscaras, totens e escudos de algumas etnias encontradas em países africanos, como a Costa do Marfim, Quênia, Burkina Faso, Angola, entre outros.
Os expositores, alunos do Curso de Extensão de Modelagem em Argila da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), realizaram ampla pesquisa sobre as tradições, os costumes, os ritos e os mitos de povos africanos.
A intenção foi entender o significado simbólico daqueles povos, o que inclui máscaras, totens e objetos lúdicos e criativos do dia a dia. Valoriza-se, assim, o conteúdo dos volumes, a variedade das formas geométricas, os contornos e as expressões faciais.
A direção da pesquisa e da exposição é de Suely Cisneiros Muniz, professora do departamento de Teoria da Arte e Expressão Artística, e Paulo Lemos de Carvalho, professor e pesquisador em Antropologia da Arte Tradicional Africana, ambos da UFPE.
Experimentação - No caso das máscaras e totens, em vez da madeira, tradicionalmente utilizada em sua confecção,  empregou-se inicialmente como matéria-prima a argila, cuja experimentação em modelagem resultou em um admirável efeito estético/ expressivo, vivenciado em cada etapa do processo.

Para a finalização, optou-se por materiais mais atuais, como massa plástica, fibra de vidro, pasta de celulose, além do emprego de cores variadas e de pátina, para conferir às máscaras uma textura semelhante àquelas originais.
Outros elementos de caracteres ornamentais foram empregados (tecidos, conchas, chifres, metais, miçangas e fibras vegetais) e complementam a indumentária ritualística das peças expostas. Fazem parte do acervo indumentárias e adereços originais dos Reinos da Grassland, da República dos Camarões, e da arte Korhogo, da Costa do Marfim.
O Museu da Abolição localiza-se na Rua Benfica, 1150 – Madalena. As visitas podem ser feitas de segunda a sexta, das 9h às 17h e aos sábados, das 13 às 17h. Conheça mais sobre o MAB.
Texto e foto: Divulgação MAB.