sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Escritório de representação do MinC faz um ano em São Luís-MA.

Texto: Pedro Sobrinho. 
O Escritório do Ministério da Cultura no Maranhão completa em 25 de fevereiro de 2016 um ano de funcionamento. A representação do órgão federal era uma antiga demanda da classe artística maranhense e foi ao encontro da meta do Plano Nacional de Cultura de descentralizar os serviços públicos de cultura no país.
Representantes do Escritório do MINc em São Luís. Foto: Divulgação
Representantes do Escritório do MINc em São Luís. Foto: Divulgação.

O escritório tem como atividades principais o atendimento ao público, a formulação de políticas, projetos e programas no Maranhão e a prestação de apoio na realização, orientação e acompanhamento de políticas culturais do governo federal.
Em 2015, o Escritório realizou cerca de 640 atendimentos no total, uma média 80 atendimentos por mês ou 4 atendimentos por dia útil, tanto por via presencial, como por telefone e rede social. Para isso, conta atualmente com dois servidores e uma estagiária e funciona de segunda a sexta na Rua Portugal, n. 303, Centro, na sede da Secretaria de Cultura e Turismo do Maranhão.
As demandas mais atendidas dizem respeito às atuais políticas públicas de cultura, assim como informações sobre processos seletivos de editais. Também surgem solicitações sobre formatação de projetos para inscrição em editais, lei federal de incentivo à cultura, emendas parlamentares, adesão dos municípios ao Sistema Nacional de Cultura, pontos de cultura e atuação do Conselho Nacional de Políticas Culturais.

O público atendido é constituído, em sua maioria, por agentes culturais, produtores, artistas, gestores públicos municipais, secretários de cultura, superintendentes estaduais, servidores estaduais e municipais e conselheiros das diferentes esferas.

Em 2016, o objetivo do Escritório é promover o desenvolvimento cultural e artístico e o acesso à cultura, com valorização da diversidade e fortalecimento da economia da cultura no Maranhão, participando ativamente dos debates sobre as políticas públicas culturais, além de oferecer apoio para os agentes culturais do interior e da capital do Estado.
Serviço: Escritório do Ministério da Cultura no Maranhão
Endereço: Rua Portugal, 303, Centro, sede da SECTUR, São Luís, Maranhão.
Atendimento ao público: De segunda a sexta das 13:00 as 18:00.
Telefone: (98) 3218 9918
Facebook: Ministério da Cultura RR/NE Escritório de São Luís Maranhão

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Onu responde a manifestantes que pediram basta de Paulo Freire... Notícias de ontem.

Brasil Post
Sobrou até para o falecido educador Paulo Freire nas manifestações de domingo (reprodução)
Em meio a uma coleção de faixas estapafúrdias que ilustraram uma parte dos protestos contra a presidente Dilma Rousseff (PT) neste domingo (15), uma chamou a atenção: “Chega de doutrinação marxista. Basta de Paulo Freire”.
Para quem não sabe, o pernambucano Paulo Freire foi um educador e filósofo brasileiro e que possui influência na educação não só no Brasil, mas em todo o mundo, tendo sido homenageado por instituições como Harvard, Cambridge e Oxford. Desde 2012, ele é considerado o Patrono da Educação Brasileira.
Conhecido pela sua ‘pedagogia da libertação’, a qual estava relacionada a uma visão marxista do Terceiro Mundo, Freire foi preso durante a ditadura militar e teve a publicação de algumas de suas obras barrada pelo regime que durou 21 anos (entre 1964 e 1985) no Brasil.
A ONU aproveitou a rejeição de parte dos manifestantes deste domingo às contribuições de Freire para publicar, em sua página do Facebook, uma frase conhecida do educador [imagem abaixo]. E ela elucida bem o que ele dizia com a educação ser “um ato político”.
onu paulo freire impeachment dilma

No Twitter, outras frases famosas de Freire também apareceram por meio de outras pessoas que não resumem as contribuições dele ao maniqueísmo da esquerda contra a direita, ou do capitalismo contra o comunismo.
“Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor – Paulo Freire”, escreveu um internauta.
“A humildade nos ajuda a reconhecer esta coisa óbvia: ninguém sabe tudo, ninguém ignora tudo. Todos sabemos algo: todos ignoramos algo”, lembrou outro.
Paulo Freire morreu em 2 de maio de 1997 aos 75 anos, mas sua obra não foi esquecida, seja por quem o aprecia, seja por quem não o suporta.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Ministério da Cultura abre consulta pública sobre direitos autorais.

Da Agência Brasil
O Ministério da Cultura abriu consultas públicas para que os cidadãos enviem sugestões com o objetivo de elaborar duas instruções normativas para regulamentar a legislação de Direitos Autorais. As contribuições serão feitas por meio de formulário virtual e podem ser enviadas até o dia 30 de março.

A primeira delas estabelecerá previsões específicas para a atividade de cobrança de direitos autorais no ambiente digital por associações de gestão coletiva e pelo ente arrecadador de que trata o Art. 99 da Lei n° 9.610/1998, que regulamento os direitos autorais.

Já a segunda, dispõe sobre as obrigações dos usuários no que se refere à execução pública de obras e trechos de áudio ou vídeo inseridos em obras e outras produções audiovisuais de que trata a Lei n° 9.610/1998.

Após o prazo de consulta, as contribuições serão analisadas pela Diretoria de Direitos Intelectuais e subsidiarão o texto final a ser publicado no Diário Oficial da União.

Edição: Denise Griesinger.

domingo, 7 de fevereiro de 2016

Carnaval - Bloco Toca Rauuul!!! reúne foliões roqueiros no Rio de Janeiro.

Paulo Virgílio – Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Bloco de Carnaval, Toca Raul homenageia o músico baiano (Paulo Virgílio/Agência Brasil)
Mais de cinco mil pessoas seguiram o Toca Rauuul!!!, que homenageia o músico baianoPaulo Virgílio/Agência Brasil






















“Vocês vieram aqui pra ouvir marchinhas? Pra ouvir samba?”, perguntou um dos músicos da banda às pessoas concentradas na Praça Tiradentes, no centro do Rio, na tarde de hoje (7). Ele recebeu, de volta, um sonoro NÃO! das cerca de cinco mil pessoas que estavam lá para curtir três horas do repertório do lendário ícone do rock brasileiro, Raul Seixas (1945-1989).

Rio de Janeiro - O Bloco de Carnaval, Toca Raul homenageia o músico baiano (Paulo Virgílio/Agência Brasil)
O bloco saiu pela quinta vez, no centreo do RioPaulo Virgílio/Agência Brasil

Este foi o quinto carnaval do Toca Rauuul!!!, bloco que é resultado da diversidade de gêneros musicais que há alguns anos começou a despontar no carnaval carioca. A ideia surgiu no carnaval de 2011, durante uma apresentação do Sargento Pimenta, bloco que sai na segunda-feira de carnaval, tocando exclusivamente o repertório dos Beatles.

“A gente percebeu que o Sargento Pimenta é bom pra caramba, mas as pessoas não cantam juntas, por causa da língua. E aí tivemos a ideia de um bloco tocando só músicas do Raul Seixas. Ao longo de 2011, fomos amadurecendo a ideia, e em 2012, fizemos nosso primeiro carnaval”, disse Bruno Pederneiras, um dos organizadores do Toca Rauuul!!!.

O nome, é claro, não poderia ser outro. Veio do bordão que ninguém sabe ao certo como começou e que passou a ser repetido em shows pelo Brasil a fora, até virar, em 2007, tema de uma música do cantor e compositor maranhense Zeca Baleiro.  O bloco, na verdade, não desfila. Os foliões cantam e dançam durante as três horas ao som da banda, em ritmo de rock e baião, não só os grandes hits do “maluco beleza”, mas também músicas menos conhecidas do cantor e compositor.

Rio de Janeiro - O Bloco de Carnaval, Toca Raul homenageia o músico baiano (Paulo Virgílio/Agência Brasil)
Acende a tocha é o lema do bloco em 2016Paulo Virgílio/Agência Brasil
“Temos mais umas cinquenta músicas que ainda podem entrar no repertório e a cada ano vamos colocando uma nova”, afirmou Pederneiras. Segundo ele, há alguns anos o bloco não se limita mais ao carnaval carioca.

 “Fazemos apresentações em outros estados. Todo ano tocamos em Minas, o estado que mais chama a gente pra tocar. Já fomos duas vezes ao carnaval de Ouro Preto e ontem estivemos em BH”, contou.




Rio de Janeiro - O casal de foliões Jonas e Érica Conceição se divertem no Bloco de Carnaval, Toca Raul (Paulo Virgílio/Agência Brasil)
O casal de foliões Jonas e Érica Conceição se divertem no blocoPaulo Virgílio/Agência Brasil

Entre os foliões, nem todos são puramente roqueiros, mas não abrem mão de fantasias que remetem ao ídolo e gostam da diversidade e da irreverência do carnaval de rua carioca. Um exemplo é o casal Jonas e Érica Conceição, ele de Raul e ela de diaba.

“Raul Seixas casou com a filha do pai do rock, a diaba”, disse, bem humorada, Érica, que acompanha o bloco desde 2012. Já o marido veio pela primeira vez ao Toca Rauul!!!. “Sou chamado de Raul Seixas o ano todo no meu trabalho. Este ano resolvi me fantasiar dele no carnaval”, afirmou Jonas, funcionário do setor de audiovisual do Circo Voador.

Os 70 anos que Raul Seixas teria completado, caso estivesse vivo, em junho do ano passado, foram lembrados em camisetas do bloco, à venda para o público. E o ano olímpico também não foi esquecido: Acende a tocha é o lema do bloco em 2016. E a tocha foi acendida, antes do show, por um integrante do Toca Rauuul!!!  fantasiado de Deus.

Edição: Maria Claudia

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

MinC. Inscrições para edital dos Povos Originários seguem até 10 de fevereiro.

Até 10 de fevereiro, pesquisadores podem enviar projetos para concorrer ao edital Povos Originários do Brasil, que irá selecionar e disponibilizar, na internet, acervos digitais relativos às culturas indígenas. 
 
Este é o segundo edital que tem como objetivo apoiar o desenvolvimento de uma política nacional para acervos digitais da cultura brasileira – resultado de parceria entre a Secretaria de Políticas Culturais (SPC) do Ministério da Cultura (MinC) e as universidades federais de Pernambuco (UFPE) e de Goiás (UFG). O primeiro, lançado em 2013, teve como foco bens do patrimônio afro-brasileiro.
 
Além de incentivar a preservação e difusão da diversidade cultural do Brasil na internet,  as duas iniciativas com foco em acervos digitais contribuem ainda para fortalecer a autoestima e promover a cidadania.
 
Selecionado no edital Preservação e Acesso aos Bens do Patrimônio Afro-Brasileiro, o projeto Do Buraco ao Mundo: segredos, rituais e patrimônio de um quilombo-indígena mostra o patrimônio cultural da comunidade de Tiririca dos Crioulos, que fica a 500 km de Recife (PE), onde vivem 196 pessoas majoritariamente afrodescententes e indígenas. 
 
Os pesquisadores Nivaldo Aureliano Neto e  Larissa Isidoro Serrabela, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), uniram-se  a Alexandra Sá, professora da única escola de Tiririca das Crioulas, para desenvolver o projeto. 
 
"Acreditamos que somente os próprios detentores de um patrimônio podem dizer o que realmente importa para eles, a respeito de sua vida e de sua história", afirma Neto, reforçando que, a partir do projeto, a população do quilombo, que sofreu décadas de marginalização, passou a se valorizar e a enxergar o potencial de suas tradições. 
 
Arquivo e Memória
 
Outra iniciativa que contemplada pelo edital foi o projeto Arquivo e Memória Quilombola: construção do acervo de comunidades quilombolas de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. O projeto se desenvolve por meio da parceria entre universidades dos três estados. 
 
A linguista Ana Josefina Ferrari, que atua na ação no Paraná, conta que cerca de 3 mil documentos, entre textos e fotos, foram digitalizados e preparados para serem disponibilizados on-line. O material constitui parte importante da história das comunidades, como o que trata da regularização fundiária dos quilombos da região. 
 
Na opinião da pesquisadora, o importante é que o projeto tenha continuidade e que seja um arquivo vivo sobre os povos pesquisados. "Nós, do meio acadêmico, precisamos ouvir o que eles têm a dizer, sem agir de forma assistencialista e sem achar que os quilombola estão fechados em uma redoma", considera. 
 
Para obter mais informações e tirar dúvidas sobre o edital Povos Originários do Brasil, escreva para o endereço eletrônicopovosoriginariosdobrasil@ufpe.br
 
Secretaria de Políticas Culturais - Ministério da Cultura.


Leia o EDITAL: https://www.ufpe.br/proexc/images/editais2015/EDITAL_Cultura_Indigena.pdf


Link: http://www.cultura.gov.br/noticias-destaques/-/asset_publisher/OiKX3xlR9iTn /content/ id/1318159