Brasília - Na cerimônia de abertura do 46º Festival de Brasília do
Cinema Brasileiro, o destaque foi para a Orquestra Sinfônica do Teatro
Nacional e ao violinista austríaco Benjamin Schimid.
Ao fim do concerto,
o público aplaudiu de pé à apresentação. Cada segundo, porém, foi mais
do que merecido, Schimid desfilou um rico repertório de notas, com
intimidade invejável, em seu Stradivarius de 313 anos de idade.
As peças tocadas mergulharam o público no clima do cinema, com
trilhas sonoras do compositor Erich Wolfgang Korngold, ganhador do Oscar
pela trilha sonora de As Aventuras de Robin Hood, de 1938. Em seguida, a equipe responsável pelo documentário Revelando Sebastião Salgado subiu ao palco para a exibição do filme.
O documentário colocou o espectador dentro da casa e da vida de
Sebastião Salgado, desde a infância e passando pela carreira do
fotógrafo. Risadas e aplausos marcaram a exibição da película. A
impressão, ao fim, foi que o festival começou com o pé direito. O
Secretário de Cultura do Distrito Federal, Hamilton Pereira, presente no
evento, comemorou mais uma edição e a presença de filmes de vários
estados na mostra competitiva.
“Vamos receber aqui e exibir filmes do Rio de Janeiro, de Goiás, do
Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, dentre outros. E o que importa para
nós é que o público de Brasília tenha a possibilidade de ver o que o
Brasil está produzindo e refletir sobre os grandes e pequenos dramas
humanos que a nossa sociedade vive. Refletir sobre eles e fazer pensar, o
que deve ser a tarefa do cineasta”, disse.
O coordenador-geral do evento, Sérgio Fidalgo, destacou o variado
leque de temas abordados nesta edição. “A expectativa é muito grande
para esta edição do festival. A seleção foi muito primorosa, a mostra
está excelente, com uma diversidade muito grande de temas. Os filmes são
bastante personalistas, filmes que as pessoas vão amar ou odiar, não
tem meio-termo”, destacou.
O roteirista e dramaturgo Maurício Witzak ressaltou a importância do
festival para o desenvolvimento do cinema brasiliense. “Acho que o
principal é quando as coisas evoluem para que o cinema feito aqui em
Brasília aconteça. E acho que está acontecendo e, a cada ano que passa,
está melhorando”. Para a cineasta Mariana Viegas, o festival é
responsável direto pela evolução do cinema na capital federal. “A
produção local tem melhorado bastante e o festival é um dos maiores
motivadores para isso”, disse.
O 46º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro vai até o dia 24 de
setembro. Nesta quarta-feira (18), a partir das 19h, começa a mostra
competitiva. A programação completa do festival pode ser obtida em seu site oficial (http://www.festbrasilia.com.br/programacao).
Edição: Aécio Amado
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