domingo, 17 de maio de 2015

RECORD É CONDENADA POR AGREDIR RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS.

A Justiça Federal condenou a Rede Record de Televisão e a Rede Mulher a produzir e exibir quatro programas contendo o direito de resposta de religiões de matriz africana como o Candomblé e a Umbanda; de acordo com sentença do juiz da 25ª Vara Federal Cível em São Paulo, Djalma Moreira Gomes, as emissora veicularam conteúdos ofensivos contra religiões e crenças afro-brasileiras em suas programações;  ação aponta que ex-adeptas destas religiões e convertidas à Igreja Universal são apresentadas em diversas ocasiões de forma depreciativa como "ex-bruxa" e ex-mãe de encosto", além de serem acusadas de terem servido aos "espíritos do mal"; emissoras ainda podem recorrer da decisão
14 DE MAIO DE 2015 ÀS 17:01
247 - A Justiça Federal condenou a Rede Record de Televisão e a Rede Mulher a produzir e exibir quatro programas contendo o direito de resposta de religiões de matriz africana como o Candomblé e a Umbanda. De acordo com sentença do juiz da 25ª Vara Federal Cível em São Paulo, Djalma Moreira Gomes, as emissoras veicularam conteúdos ofensivos contra religiões e crenças afro-brasileiras em suas programações. As emissoras ainda podem recorrer da decisão.
A ação civil pública foi ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF), Instituto nacional de Tradição e Cultura Afro-Brasileira e o Centro de Estudos das Relações de Trabalho e da Desigualdade. A alegação é que religiões como o Candomblé e a Umbanda são alvos de constantes agressões em programas veiculados pelas duas emissoras.
Como exemplo, a ação aponta que ex-adeptas destas religiões e convertidas à Igreja Universal são apresentadas em diversas ocasiões de forma depreciativa como "ex-bruxa" e ex-mãe de encosto", além de serem acusadas de terem servido aos "espíritos do mal".
A ação cita como exemplo trechos em que ex-adeptas da fé afro-brasileira, convertidas à Igreja Universal, são chamadas de "ex-bruxa", "ex-mãe de encosto" e acusadas de servir aos "espíritos do mal".

A Justiça determinou que os programas a serem exibidos tenham duração mínima de uma hora e que devem ser produzidos utilizando as instalações, equipamentos e pessoal das próprias empresas, sendo veiculadas em horários correspondentes aos que as ofensas foram levadas ao ar.

Além disso, os programas deverão ser apresentados duas vezes dentro da grade de programação e ter pelo menos três chamadas na véspera ou no dia em que os programas forem veiculados.

sábado, 9 de maio de 2015

Chico César. Canta os Reis do Agronegócio (Estúdio Showlivre).



Reis do Agronegócio

(música de Chico César, letra de Carlos Rennó)

Ó donos do agrobiz, ó reis do agronegócio,

Ó produtores de alimento com veneno,

Vocês que aumentam todo ano sua posse,

E que poluem cada palmo de terreno,

E que possuem cada qual um latifúndio,

E que destratam e destroem o ambiente,

De cada mente de vocês olhei no fundo

E vi o quanto cada um, no fundo, mente.

Vocês desterram povaréus ao léu que erram,

E não empregam tanta gente como pregam.

Vocês não matam nem a fome que há na Terra,

Nem alimentam tanto a gente como alegam.

É o pequeno produtor que nos provê e os Seus deputados não protegem, como 

dizem: Outra mentira de vocês, Pinóquios véios.

Vocês já viram como tá o seu nariz, hem?

Vocês me dizem que o Brasil não desenvolve Sem o agrebiz feroz, desenvolvimentista.

Mas até hoje na verdade nunca houve um desenvolvimento tão destrutivista.

É o que diz aquele que vocês não ouvem, o cientista, essa voz, a da ciência.

Tampouco a voz da consciência os comove. Vocês só ouvem algo por conveniência.

Para vocês, que emitem montes de dióxido,

Para vocês, que têm um gênio neurastênico,

Pobre tem mais é que comer com agrotóxico,

Povo tem mais é que comer, se tem transgênico.

É o que acha, é o que disse um certo dia Miss Motosserrainha do Desmatamento.

Já o que acho é que vocês é que deviam Diariamente só comer seu “alimento”.

Vocês se elegem e legislam, feito cínicos, Em causa própria ou de empresa coligada:

O frigo, a múlti de transgene e agentes químicos, Que bancam cada deputado da bancada.

Té comunista cai no lobby antiecológico Do ruralista cujo clã é um grande clube.
Inclui até quem é racista e homofóbico.

Vocês abafam mas tá tudo no YouTube.

Vocês que enxotam o que luta por justiça;

Vocês que oprimem quem produz e que preserva;

Vocês que pilham, assediam e cobiçam A terra indígena, o quilombo e a reserva;

Vocês que podam e que fodem e que ferram Quem represente pela frente uma barreira,

Seja o posseiro, o seringueiro ou o sem-terra, O extrativista, o ambientalista ou a freira;

Vocês que criam, matam cruelmente bois, Cujas carcaças formam um enorme lixo;

Vocês que exterminam peixes, caracóis, Sapos e pássaros e abelhas do seu nicho;

E que rebaixam planta, bicho e outros entes,

E acham pobre, preto e índio “tudo” chucro:

Por que dispensam tal desprezo a um vivente?

Por que só prezam e só pensam no seu lucro?

Eu vejo a liberdade dada aos que se põem Além da lei, na lista do trabalho escravo,

E a anistia concedida aos que destroem O verde, a vida, sem morrer com um centavo.

Com dor eu vejo cenas de horror tão fortes,

Tal como eu vejo com amor a fonte linda –

E além do monte o pôr-do-sol porque por sorte Vocês não destruíram o horizonte...

Ainda. Seu avião derrama a chuva de veneno Na plantação e causa a náusea violenta

E a intoxicação “ne” adultos e pequenos – Na mãe que contamina o filho que amamenta.

Provoca aborto e suicídio o inseticida, Mas na mansão o fato não sensibiliza.

Vocês já não ´tão nem aí co´aquelas vidas. Vejam como é que o Ogrobiz desumaniza...:

Desmata Minas, a Amazônia, Mato Grosso...;

Infecta solo, rio, ar, lençol freático; Consome, mais do que qualquer outro negócio,

Um quatrilhão de litros d´água, o que é dramático.

Por tanto mal, do qual vocês não se redimem;

Por tal excesso que só leva à escassez –

Por essa seca, essa crise, esse crime, Não há maiores responsáveis que vocês.

Eu vejo o campo de vocês ficar infértil, Num tempo um tanto longe ainda, mas não muito;

E eu vejo a terra de vocês restar estéril, Num tempo cada vez mais perto,

e lhes pergunto: O que será que os seus filhos acharão de Vocês diante de um legado tão nefasto,

Vocês que fazem das fazendas hoje um grande Deserto verde só de soja, cana ou pasto?

Pelos milhares que ontem foram e amanhã ser- Ão mortos pelo grão-negócio de vocês;

Pelos milhares dessas vítimas de câncer, De fome e sede, e fogo e bala, e de AVCs;

Saibam vocês, que ganham “cum” negócio desse Muitos milhões,

enquanto perdem sua alma,

Que a mim não faria falta se vocês morressem;

Saibam que não me causaria nenhum trauma;

Que a mim não faria falta se vocês morressem;

Talvez assim a terra encontrasse um pouco de calma;

Ó donos do agrobiz,


ó reis do agronegócio.

sábado, 2 de maio de 2015

Acre. Cinema indígena recupera cultura e afirma identidade.

Por Rose Farias em 19/04/2015.

Zezinho Yube nas telas do cinema indígena (Foto: Divulgação)
Com um acervo de documentários premiados em festivais nacionais e internacionais, os realizadores indígenas no Acre se debruçam sobre a tecnologia digital, produzindo obras que se constituem em rico patrimônio material e intelectual.

Os filmes são utilizados por esses povos para narrar as práticas cotidianas de sua cultura com os rituais de danças, cantos e espiritualidade, além de servirem como recurso didático nas escolas indígenas e mostrarem a sua luta.
O cineasta Zezinho Yube, hunikui da Terra Indígena Praia do Carapanã, aldeia Mibayã, no Rio Tarauacá, tem nove filmes produzidos e premiados em vários festivais. Yube é assessor especial dos Povos Indígenas do governo do Estado.
Cena do documentário “A gente luta mas come fruta” (Foto: Vídeo nas Aldeias)
O primeiro contato de Yube com o cinema foi com a oficina do projeto Vídeo nas Aldeias, dirigido pelo cineasta Vicent Carelli. Dois anos depois da segunda formação, o cineasta fez seu primeiro documentário, fruto da oficina “Xinã Bena, Novos tempos”.
Zezinho utiliza o cinema-documentário para narrar as histórias sobre a origem de seu povo, a sua cultura e o cotidiano nas aldeias. “Muitas danças, cantos e rituais que nosso povo fazia antes, e que haviam sido adormecidas devido aos processos de correrias e escravidão que passamos, foram revitalizados pelos registros audiovisuais. Meu pai sempre diz que se a gente tivesse esse recurso da tecnologia tempos atrás a gente poderia ver como era a vida há 100 ou 200 anos”, ressaltou.
Para Yube o cinema, além de servir como registro da cultura dos povos indígenas, é um instrumento para fins políticos. “Nas narrativas está contida a nossa luta para mostrar para a sociedade, os não indígenas e outros outros povos indígenas que existem várias culturas diferentes”, comenta.
O cineasta dirigiu os documentários: “Bimi, Mestra de Kenes”, “Já me transformei em imagem”, “Katxa Nawá”, “Troca de Olhares”, “Uma escola Hunikui”, “Xinã Bena, Novos tempos”, “Manã Bai, a história do meu pai” e “Kene Yuxi, as voltas do Kene”.
O cinema na escola indígena
Para o cineasta e professor indígena Issac Piyãko (ashaninka) o cinema possui um importante significado quando utilizado sob forma de narrativas nas escolas, como recurso didático. “Cada vez que fazemos um trabalho em vídeo e mostramos ao nosso povo é um enriquecimento muito grande: olha, isso aconteceu daquela maneira, hoje está acontecendo deste jeito. Os próprios alunos que estão estudando, que veem a gente falar do mundo, da vida, das pessoas, no vídeo, eles sabem o que aconteceu, o que está acontecendo e o que pode vir a acontecer”.
Issac Piyãko é autor do documentário “A Gente Luta Mas Come Fruta”, juntamente com o irmão Wewito Piyãko. O filme foi vencedor do prêmio Panamazônia ActionAid 2007 como melhor produção audiovisual.
Cena do documentário “A gente luta mas come fruta” (Foto: Vídeo nas Aldeias)
Com 40 minutos, o documentário descreve o manejo agroflorestal realizado pelos ashaninka da Aldeia Apiwtxa no Rio Amônia, Acre. No filme eles registram, por um lado, seu trabalho para recuperar os recursos da reserva e repovoar seus rios e suas matas com espécies nativas e, por outro, a luta contra os madeireiros que invadem sua área na fronteira com o Peru.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Extra, Extra. Festa no Coroadinho, Zeus retornou pra casa.

Deu no Coroadinho Geral. Recomeço Feliz: Encontramos ZEUS.
Esta semana uma família apelou a mídia alternativa na esperança de localizar Zeus, leia a matéria...

PROCURA-SE:  ZEUS. GRATIFICAÇÃO PARA QUEM ENCONTRAR.
Cachorrinho Zeus - O desaparecido.
Quantia é oferecida para quem achar cãozinho sumido ontem pela manhã.  O cachorro peludo de cor branca sumiu ontem pela manhã das proximidades da feira do Bairro, no Coroadinho.

A dona, Nanda Naiva, está oferecendo uma quantia de R$ 200,00 para quem encontrar e devolver o animal. O bicho dócil atende pelo nome de Zeus.

Informações, entrar em contato pelos telefones: 9__-1147\9___-0103 ou 9____-0614.

Ou ainda direto no endereço: Av. Amália Saldanha, n°____, Pet Shop Qualiytem, em frente à farmácia Menor Preço.

ZEUS - O Mais Querido.
"Agradeço à todos pela ajuda e apoio", diz feliz da vida a dona do cãozinho, que estava sumido desde o início da semana. O bichinho já está em casa, fazendo a alegria da família.
Finalmente, a família conseguiu encontrar o pequeno Zeus, que apesar de nome mitológico, é bem dócil e indefeso, garante a dona. E não poderia ser diferente. O cãozinho da raça Poodle parece gostar mesmo de aventura. Ele estava desaparecido desde o início da semana e tirando o sono da dona, a auxiliar administrativa Nanda Naiva, moradora do Coroadinho. Ela conta da alegria de reencontrar o cachorrinho e agradece à todos que estavam na torcida pelo "final feliz" dessa história, que virou publicação aqui no CG.
"Agradeço de coração pela ajuda e apoio. Estamos em festa. Nosso príncipe voltou. Obrigada. Nossa familia está completa. Obrigada à todos pelo apoio. Encontramos o Zeus".
Mas não foi tão fácil assim obter o bichano de volta. "Ele estava em uma casa não muito longe. A dona da casa não quis devolver. Mas pagamos e ela entregou. Ele estava muito triste, quando me viu, veio correndo pra mim", disse a Nanda, feliz da vida.
Depois de uma sessão de fotos, o Zeus tomou aquele banho quentinho e já está deitado, descansando, despreocupado da vida. Nunca uma 'história animal' tinha sido contada aqui com tantos detalhes. Agitou a semana.
Aos dois, merecido feriado!
Ah, mas não pára por aí! Ainda tem um fato que também merece ser contado. Veja o destaque:
- Nós tiramos ele da rua, ele foi abandonado porque está doente. Encontramos ele e deixamos na loja onde trabalhamos com animais, para caso o dono fosse procurar por ele. E o antigo dono nunca apareceu. Segundo os exames, ele já tem quatro anos. Se tornou meu filho, meu amigo, meu companheiro. Pelo fato de ter sido abandonado, e estado muito doente, ele precisa de cuidados especias - revelou a cuidadora do pequeno Zeus.